INCONTESTÁVEL

Faz tempo que não passo aqui pra deixar um post. Estou em falta com o blog, mas não com o meu time. Nos últimos meses estive junto com o Sport nos jogos da Copa do Brasil. Do Brasiliense pra cá, fui a todas as partidas do rubro-negro na Ilha do Retiro e ainda viajei até o Rio de Janeiro pra ver o Edmundo perder aquele pênalti em São Januário.

Nesta trajetória, o leão bateu alguns dos melhores times do Brasil. Internacional, Palmeiras, Vasco e ontem na segunda partida da final, o Corinthians. Houve muita coisa sobre as quais não escrevi. Aquele comentarista da Rádio Guaíba menosprezando os jogadores do Sport, as provocações do atacante palmeirense Kléber que disse que viria jogar um “coletivo de luxo” em Pernambuco, a guerra que foi conseguir um ingresso no jogo contra o Vasco, a volta de Romerito para o Goiás, e por aí vai.

Nesse tempo em que passei sem escrever, houve também muitas piadas que deixei de fazer com Náutico e Santa Cruz, outros dois times que, assim como o glorioso da Praça da Bandeira, me trazem tanta alegria. Deixei passar tudo isso por vários motivos. Muito trabalho, viagens, outros compromissos. Mas a vitória de ontem, eu não posso deixar passar.

O time do Sport não foi genial. Não teve jogadores brilhantes (Kássio é ainda uma aposta). Tanto é que o seu grande destaque no campeonato foi Romerito. Brigador, valente, aplicado, mas não se pode dizer que o meia é um craque. O time do Sport hoje não é formado por craques. É formado por guerreiros. E a grande virtude destes guerreiros foi acreditar.

A despeito da ignorância, da parcialidade e do preconceito de grande parte da imprensa nacional, que não faz idéia do que acontece fora de seus quintais, estes atletas acreditaram que poderiam trazer o troféu para cá. E trouxeram. Melhor que isso, trouxeram na bola. Na raça. Dentro das 4 linhas. Jogando limpo.

Os garotos do Corínthians, time pelo qual já torci várias vezes ao lado do meu pai (sim, o meu velho é corintiano), mereceram chegar à final e certamente estarão de volta a elite do futebol nacional no ano que vem. Mas Magrão, Luizinho, Diogo, Durval, Igor, César, Dutra, Fábio, Daniel, Sandro, Éverton, Júnior, Bia, Romerito, Luciano, Carlinhos, Kássio, Enílton, Leandro e Roger mereceram o título. O Sport mereceu. Meu time é, incontestavelmente, o campeão da Copa do Brasil 2008.

Igor