segunda-feira, 21 de maio de 2007

DOMINGO POÉTICO.

Enquanto o domingo de futebol está no imaginário popular como o dia de intrigas com a patroa, cerveja, intranqüilidade, amigos, cuidados, violência, o náutico subverte a realidade. No domingo de futebol nos aflitos, encontram-se amigos, pais e filhos, casais que deixam o escurinho do cinema de lado para participar da grande festa, todos misturados nas arquibancadas. Não há preocupação, roubo ou qualquer tipo de agressão. Vê-se o lado bom do futebol. A paixão do torcedor e a beleza da festa vermelha e branca encantam de tal forma que traz as mulheres para o estádio ao invés de ficar reclamando em casa. Quando tudo isso se combina com uma vitória convincente sobre o atual campeão brasileiro, o domingo se torna eufórico e ainda mais belo. Quando toda essa beleza se despede ao som de madeira que cupim não rói, cantada por toda torcida, durante a saída do estádio, o domingo se torna poético.
Leonardo Azevedo.

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